O aumento da classe média mundial e das facilidades para se viajar, com a diminuição relativa dos custos das passagens aéreas, faz crescer anualmente o número de viagens realizadas, e consequentemente, as emissões de carbono na atmosfera. Mais do que uma preocupação ambiental urgente, tornar-se cada vez mais sustentável é um interesse econômico das grandes companhias aéreas como a KLM. Por Edward Lenzi

Na sessão de ativação 11 do WDCD 2017, comandada por Inka Pieter, foram propostos quatro grandes dilemas da companhia para definir, de hoje a 2020, suas diretrizes de sustentabilidade para os seus três níveis de influência: funcionários, operação e o consumidor.

Os espectadores foram divididos em grupos e convidados a imaginar os aviões do futuro, sugerir formas de engajar o público nos ideais sustentáveis do programa CO2ZERO da KLM, como integrar a sustentabilidade ao design de produto e, finalmente, como servir 40 milhões de refeições ao ano de forma mais consciente.

ENTRETENIMENTO POR WIFI

Entre diversas ideias, sugeriu-se o uso de materiais mais leves nos aviões e configurações customizadas de poltronas por trilhos a cada viagem, trazendo mais conforto e otimizando peso e uso de recursos como o combustível, também substituível por fontes de energia limpa ou biocombustíveis. Além disso, o sistema de entretenimento, responsável por muito peso nas aeronaves, evoluiria para opções com wifi, conectados a celulares e tablets.

Para engajar o público, além de ações de comunicação, o site da KLM poderia mostrar graficamente a emissão de carbono em cada viagem, de acordo com as passagens vendidas até o momento e oferecer descontos em milhagem ou outros benefícios a passageiros que façam escolhas mais conscientes, como por exemplo, refeições vegetarianas de menor impacto ambiental.

Telhados verdes em hangares, kers com aproveitamento energético para deslocamento de bagagens e taxeamento dos aviões, uso da energia cinética dos passageiros durante as viagens, utensílios comestíveis nas refeições servidas, aproveitamento de resíduos e outras ações foram algumas das sugestões para contribuir com a meta da empresa de diminuir seu desperdício de recursos pela metade até 2040.

Imagem superior: Apresentação do conceito / foto José de Holanda